Avança o diálogo entre IDM e o Fórum de Linguagens para melhorar o atendimento ao campo cultural
Formação foi o foco do encontro que debateu propostas levadas pelos profissionais da cultura
![Diversas pessoas em um auditório assistem à fala de uma mulher vestida de branco que segura o microfone está quase de costas para a plateia. Sentados e sentadas no palco, algumas pessoas asssitem e dialogam com ela. Os presentes vestem roupas de cores variadas e pertencem a diferentes raças.](https://www.idm.org.br/wp-content/uploads/2023/06/encontro-forum-de-linguagens-formacao-cdmac-19.06-771x1024.jpeg)
Na última segunda-feira (19/6), aconteceu mais um encontro voltado para o diálogo com a classe artística. O Instituto Dragão do Mar (IDM) entende que a participação dos agentes culturais, fortalecendo a transparência e escuta de expectativas sobre a ampliação de possibilidades de atuação e formação nos equipamentos, contribui para a gestão destes espaços públicos da Secretaria da Cultura do Ceará que estão sob sua gestão. Desde 12 de abril, o IDM tem feito rodadas de escuta com o Fórum de Linguagens, reunindo artistas, produtores e pesquisadores, entre outros profissionais da área, para construir uma pauta comum que permita a incorporação de novas linguagens e outras formas de difusão e formação daquelas já contempladas.
Esta semana, a pauta do diálogo teve como foco a formação. O diretor de Articulação Institucional do IDM, Lenildo Gomes, abriu a conversa, apresentando as propostas elaboradas e compartilhadas pelo Fórum. Em seguida, a diretora de Formação do IDM, Bete Jaguaribe, leu as propostas referentes à Escola Porto Iracema das Artes, da qual também é gestora, retornando a cada uma delas para fomentar o debate. Um dos pontos altos reforçados por Bete foi a importância da interiorização das atividades formativas. “Em 2022, fomos com o projeto aBarca, da Escola Porto Iracema das Artes, a 10 municípios, onde foram ministrados cerca de 100 cursos em Artes visuais, Audiovisual e Teatro, para jovens de 15 a 29 anos, estudantes ou egressos da rede pública de ensino e em situação de vulnerabilidade social. A ideia é manter ou ampliar isso”, destacou. Outro ponto lembrado por ela foi a disposição da presidenta da Fundação Nacional de Artes (Funarte), Maria Marighella, para o diálogo sobre apoio, fomento e incentivo à cultura com estados e municípios.
Entre as propostas apresentadas pelo Fórum estavam: percursos formativos com aulas à noite, formação regular para Circo e mediação cultural/contação de histórias, disponibilidade de espaço de treinos para Circo e a oferta de laboratórios de criação específicos para linguagens como Performance e Circo. Rachel Gadelha, diretora-presidenta do IDM, lembrou que a estrutura em rede dos 16 equipamentos geridos pelo IDM permite a complementaridade de atividades e ações entre eles, cada um respeitando a sua vocação própria e capacidade orçamentária. “Mas acredito que o diálogo, como estamos fazendo aqui, é a melhor maneira para atingirmos esse objetivo comum, que é atender o campo cultural e possibilitar a ampliação de algumas ações e remodelagem de outras”, afirmou.
Também participaram do encontro apresentando possibilidades de cada espaço público para atender as demandas, os gestores e coordenadores dos equipamentos que têm atividades formativas: Maninha Morais (Escola de Artes e Ofícios Thomaz Pompeu Sobrinho), Leo Porto (Centro Cultural Porto Dragão), Natália da Escóssia (Theatro José de Alencar) e Levi Nunes (Centro Cultural Bom Jardim). Na coordenação e organização da metodologia para os diálogos estão Lenildo Gomes, diretor do IDM, e Lílian Lustosa, Gerente de Ação Cultural da Diretoria de Articulação Institucional (DAI).
Estiveram ainda presentes, da Secult: Ernesto Gadelha, coordenador de Conhecimento e Formação, e Giusévilly Mello, analista de Cultura. Ambos reforçaram a disposição da gestão ao diálogo e pontuaram alguns itens apresentados pelo Fórum que deveriam ser debatidos diretamente com a Secretaria.
“Temos tido apoio do IDM, no Teatro, e, ao longo dos anos, um projeto sustentável para esta linguagem. Mas quero reforçar a necessidade real de interiorização, já destacada pela Bete, e sugerir a radicalização do público atendido nesse perfil, de jovens de 15 a 29 anos, alunos ou egressos da escola pública e em vulnerabilidade social, para oferecer a eles tanto qualificação quanto formação de repertório”, destacou Juliana Tavares, do Fórum de Linguagens.
Na semana passada, o encontro foi voltado para a fruição e participaram os equipamentos que têm essa vocação principal.
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