Seminário debate desafios e oportunidades para Organizações Sociais de Cultura no Ceará

Evento promovido pelo Instituto Dragão do Mar e Abraosc discutiu aprimoramento da gestão cultural no estado e anunciou criação do Fórum Cearense de Organizações Sociais de Cultura e Juventude

Em um cinema de mais de 100 lugares, lotado, o público est sentado em cadeiras ´vermelhas e à frente os palestrantes estão sentados abaixo da tela de exibição das apresentações.
O público lotou o Cinema do Dragão (sala 2) para debater o modelo de gestão por Organizações Sociais e avanços para o setor. Foto: Luiz Alves

O Instituto Dragão do Mar (IDM) realizou, nesta quarta-feira (19), em parceria com a Associação Brasileira de Organizações Sociais de Cultura (Abraosc), o seminário “Organizações Sociais e a Gestão Pública: desafios e oportunidades”, com o objetivo de compreender o modelo, a relevância e o aperfeiçoamento da gestão por Organizações Sociais no Ceará.

Uma mulher branca, cis, de óculos e camisa colorida, cabelos brancos, fala ao público segurando um microfone. Atrás dela, um fundo amarelo.
Rachel Gadelha, presidenta do Instituto Dragão do Mar, celebra o pioneirismo do IDM e a contribuição coletiva para a execução e qualificação das políticas culturais no Ceará, durante o encontro, que debateu o aperfeiçoamento e aprofundamento do modelo de gestão por OS. Foto: Luiz Alves

“É uma grande conquista celebrar nossa história e contribuições, mas ainda mais importante é refletir sobre o aperfeiçoamento e aprofundamento do modelo de gestão por OS, trabalhando juntos como um todo. Este seminário marca um momento muito especial, pois é parte dos diálogos que temos, o marco de um trabalho conjunto que fortalece e amplia nossas possibilidades. Agradecemos a participação e colaboração da Abraosc, nas pessoas do seu presidente, Paulo Zuben, e dirigente, Fausto Arruda, que vieram para compor esse trabalho, de cada OS do nosso ecossistema que vem sendo fundamental na construção desse diálogo, a presença do governo e da prefeitura, ressaltando aqui a presença dos secretários Davi Gomes Barroso, da Juventude da Prefeitura de Fortaleza, Sandra Machado, do Planejamento e Gestão do Ceará (Seplag-CE), e, Luisa Cela, da Cultura do Ceará (Secult), nossa principal e mais antiga parceria, e cada trabalhador e colaborador que contribuiu para este momento. Compartilhamos aqui nossas experiências e aprendizados, para aperfeiçoar e repensar o modelo. Temos muito a aprender juntos e este evento assinala o começo deuma trajetória que pode trazer muitas conquistas para todos nós. Agradeço a todas e todos presentes.”

Homens e mulheres, brancos, roupas em cores diversas, debatem em cadeiras lado a lado.
O primeiro debate contou com a participação de Luisa Cela (de máscara preta), secretária da Cultura do Ceará, e Paulo Zuben (ao microfone), presidente da Abraosc. Foto Luiz Alves

O Seminário contou com duas mesas de debates que trouxeram contribuições relevantes para o modelo de gestão por OS, a gestão cultural no Ceará e os avanços em transparência buscados pelo setor. Na primeira mesa, foram discutidos o papel e a relevância das Organizações Sociais de Cultura na gestão da Cultura, com a participação de Luisa Cela, Secretária da Cultura do Ceará, Manuel Pinheiro, Procurador-geral de Justiça do Estado do Ceará, Paulo Zuben, Presidente da Abraosc, e Sandra Machado, Secretária do Planejamento e Gestão do Estado do Ceará, além dos mediadores Cássia Campos, diretora-presidente do Instituto Cultural Iracema, e Tiago Santana, presidente do Instituto Mirante de Cultura e Arte. Já a segunda mesa, mediada por André Brayner, Diretor do IBDCult, e Davi Gomes, Secretário da Juventude de Fortaleza, discutiu a transparência e controle nas Organizações Sociais, com a participação de Marconi Lemos, secretário executivo da Controladoria e Ouvidoria Geral, Fausto Arruda, Diretor técnico da Abraosc, Fernando Oliveira, procurador-geral do Município de Fortaleza, Rafael Machado, procurador-geral do Estado do Ceará, e Rita d’Alva Martins Rodrigues, promotora de Justiça do Ministério Público do Estado do Ceará. O diálogo e o intercâmbio de projetos e experiências trouxeram novas ideias e propostas para as questões vivenciadas pelas OS, poder público e organismos de controle, culminando com o anúncio da criação do Fórum das Organizações Sociais do Ceará, que busca fortalecer ainda mais a gestão cultural do estado.

O evento também foi marcado pelo anúncio da criação do Fórum Cearense de Organizações Sociais de Cultura e Juventude, fundado pelo Instituto Dragão do Mar, Instituto CUCA, Instituto ECOA, Instituto Juventude Inovação, Instituto Cultural Iracema e Instituto Mirante de Cultura e Arte, com o objetivo de compartilhar boas práticas e promover a execução qualificada de políticas públicas. O objetivo é compartilhar boas práticas e promover a execução qualificada de políticas públicas, ampliando a transparência e autonomia das organizações. Será um espaço de debate, reflexão e compartilhamento de experiências sobre gestão e aprimoramento dos modelos de gestão e mecanismos legais.

As Organizações Sociais de Cultura no Ceará movimentaram mais de 253 milhões em contratos de gestão em 2022, mostrando a força desse setor, e agora, juntos, trabalharão para fortalecer as cadeias produtivas da economia da cultura no estado e construir um segmento ainda mais forte e democrático.