Roda de conversa mapeia desejos da população em situação de rua em lazer e ações culturais

A ação faz parte de um plano de ação que mapeia, reflete e propõe estratégias de cuidados que o território demanda

A cultura fomenta a cidadania e é pilar de acesso a direitos. O Instituto Dragão do Mar (IDM) e o Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura (CDMAC), em parceria com a Rede Iracema Território Vivo, realizaram, nesta quinta-feira, 23, o primeiro de muitos encontros com a população em situação de rua do entorno do equipamento. A roda de conversa que ocorreu é parte de um plano de ação territorial que mapeia, reflete e propõe estratégias de cuidados que o território demanda.

“A ideia dessas atividades, que serão regulares, é integrar e aprimorar ações para propor alternativas aos desafios do território. Na nossa conversa de hoje, eles falaram o que desejam como atividades culturais, artísticas, como eles visualizam os equipamentos. A partir daí, vamos desenvolver ações e ampliar o direito e acesso à Cultura para todo mundo por meio da articulação em rede junto aos equipamentos culturais geridos pelo IDM.”, explica Benjamim Lucas, gerente de Articulação Institucional do Instituto Dragão do Mar (IDM).

Um homem negro-pardo, barba e bigode pretos, cabelo preto, cordão de crachá laranja, blusa preta com cinza.
Benjamim Lucas, gerente de Articulação Institucional do Instituto Dragão do Mar: “Vamos desenvolver ações e ampliar o direito e acesso à Cultura para todo mundo por meio da articulação em rede junto aos equipamentos culturais geridos pelo IDM”

Durante o encontro, que ocorreu no Espaço Rogaciano Leite, muitas trocas foram possíveis, também qualificando a relação entre o IDM, o equipamento cultural e a população em situação de rua. Desenhos, lanches e um bate-papo descontraído deram o tom dos próximos eventos: foram solicitadas atividades esportivas e lúdicas como jogos e de futebol e carimba, na quadra da Praça Almirante Saldanha, espaço público da Prefeitura de Fortaleza, e exibição de filmes pelo Cinema do Dragão, na própria praça.

Duas Mãos negras-pardas sobre a mesa. Uma segura um lápis vermelho e faz um desenho em preto e vermelho. A outra segura o papel branco.
Os participantes desenharam, pintaram e receberam lanches durante a Roda de conversa

“Um marco para a gente é estabelecer uma política entre as demandas do território em torno do Dragão do Mar com a nossa política de ação cultural. Essa é uma parceria que tem como maior objetivo a conexão com as pessoas em situação de rua, conversar, estabelecer um diálogo, mapear desejos e a partir daí estabelecer uma programação.”, afirma Helena Barbosa, superintendente do CDMAC.

O encontro de hoje contou com a participação de instituições que compõem a Rede Iracema Território Vivo, iniciativa da Vice-governadoria que promove debates e ações para o território da poligonal que se estende do Centro Cultural Belchior, na Praia de Iracema, à Estação das Artes, no Centro, passando pelo Parque Dragão, que reúne os equipamentos da Secretaria da Cultura do Ceará (Secult Ceará), geridos em parceria com o Instituto Dragão do Mar (CDMAC, Biblioteca Pública do Estado do Ceará, Escola Porto Iracema das Artes, Centro Cultural Porto Dragão). Entre os parceiros presentes, o Centro de Referência sobre Drogas (CRD) Fortaleza e o Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua (Centro Pop), da Prefeitura de Fortaleza, que é responsável pela atenção primária em Saúde e Assistência Social.