Curso Técnico de Dança: nota máxima no reconhecimento do Conselho Estadual de Educação



Com ampliação possibilitada pela gestão em rede do IDM,  CTD ocorre na
Escola Porto Iracema das Artes e Centro Cultural Bom Jardim

A qualificação de um curso como Técnico é um avanço porque permite que os alunos formados por esse tipo de capacitação atuem de forma profissionalizada no mercado. Desde 2017, o Curso Técnico de Dança (CTD) possui essa categorização própria pela habilitação do Instituto Dragão do Mar (IDM) que, por meio da Diretoria de Formação, buscou reconhecê-lo no Conselho Estadual de Educação (CEE), ainda em 2012. Este ano, por meio do parecer 331/2022, o CTD foi novamente aprovado pela instituição reguladora, com parecer renovando-o como Curso Técnico, com nota máxima, até dezembro de 2027. 

Além da boa avaliação obtida na renovação, o processo trouxe mais um ganho: a atualização dos Planos de Curso do CTD da Escola Porto Iracema das Artes (EPIA) e do polo presencial do Centro Cultural Bom Jardim (CCBJ). Sob supervisão da Diretoria de Formação do IDM, em um processo iniciado em 2021, buscou-se um diálogo amplo com quem compõe o panorama da Dança no Ceará sobre as questões estéticas, pedagógicas e políticas que surgiram ao longo dos anos em que a formação está sob a responsabilidade direta da EPIA. Foram realizados encontros com egressos do curso, ex-coordenadores, ex-professores e artistas do campo em geral. “Assim, chegamos às diretrizes para reforma curricular, que contemplam, por exemplo, a ampliação do estudo das práticas de dança de nossos povos originários e dos povos africanos, das nossas referências tradicionais nordestinas, sempre em sua relação com a contemporaneidade, entre outros pontos”, afirma Edilberto Mendes, coordenador de Formação da Porto Iracema. 

Hoje oferecido pela Escola Porto Iracema das Artes, com um polo presencial para uma segunda turma no Centro Cultural Bom Jardim (CCBJ), o CTD é o segundo curso mais antigo no Nordeste com formação técnica de nível Médio, nesta área (o primeiro fica na Bahia). Com uma primeira turma ofertada em 2005, seu início foi possível graças a uma parceria entre a Secretaria da Cultura do Estado do Ceará (Secult Ceará), o Instituto de Arte e Cultura do Ceará (IACC), primeira denominação oficial do IDM,  e o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), este último então responsável pela chancela de Curso Técnico. 

Segundo Cláudia Pires, coordenadora de Criação da Escola Porto Iracema, o Curso Técnico de Dança é fruto de uma história de mobilização desse campo na defesa da formação na área, por meio inicialmente da Comissão de Dança do Ceará e do Fórum de Dança do Ceará, junto ao poder público e seus parceiros, como o IDM/IACC. Um primeiro resultado dessa organização conjunta foi a criação, em 1999, do Colégio de Dança que, até 2002, foi responsável pelas capacitações. 

As conquistas do CTD – longevidade, oferta de turma presencial pelo CCBJ, atualização do Projeto Pedagógico e renovação da formação técnica de nível Médio – fazem parte, nas palavras de Bilica Léo, coordenadora do Curso, de uma construção coletiva e partilhada. “Resultado de diálogos e parcerias, esses processos, ao mesmo tempo, em que atualizam a história do CTD e sua importância no campo da dança,  fortalecem parcerias como a do IDM e, consequentemente, as politicas publicas de cultura do Estado, afirma Bilica.

CTD em números (até 2022)

8 turmas concluídas (7 na Porto Iracema e 1 no CCBJ)
196 alunos formados
181 trabalhos artísticos
16 mostras realizadas