Centro Dragão do Mar: 24 anos de cultura

Em seu artigo publicado no jornal O Povo, nesta quarta-feira (03.05.23), a presidenta do Instituto Dragão do Mar, Rachel Gadelha, propõe um diálogo maduro para debater a gestão da Cultura no estado, tanto os equipamentos quanto seu entorno

Rachel Gadelha, uma mulher cis, cabelos brancos, óculos de aro tartaruga, colar em formato de coração e blusa rosa fala ao microfone fixo de um pequeno  púlpito.

O Instituto Dragão do Mar (IDM) foi fundado como primeira Organização Social de Cultura do país para gerir o Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura. Hoje, o entorno do Dragão abriga outros três equipamentios de fruição e formação, a Bece, o Porto Dragão e a Escola Porto Iracema. Todos sob gestão do IDM. Foto: Felipe Abud

Há 24 anos, o Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura (CDMAC) inaugurou um importante marco  em políticas públicas no Ceará com a percepção da cultura como ativo simbólico e econômico. Um ano antes, o Instituto Dragão do Mar foi qualificado como Organização Social de Cultura para fazer a gestão desse importante espaço e segue até hoje em sintonia com essa missão.

O CDMAC teve, desde então, participação ativa na vida de gerações de cearenses com muitas exposições, filmes, shows, peças de teatros, eventos, seminários, visitas ao planetário, além de experiências, memórias, aprendizados e afetos. Tornou-se ainda um ícone turístico em todo o país e uma referência afetiva e cultural para muitos.

A Secult Ceará tem se esforçado para apoiar esse importante equipamento do estado com recursos e infraestrutura. Em 2023 uma nova gestão se instaura no CDMAC, com  planejamento e atitudes concretas de diálogo, reposicionamento político, artístico e territorial para esse novo momento. Hoje o CDMAC está muito bem acompanhado pela Escola Porto Iracema, Centro Cultural Porto Dragão e Biblioteca Pública do Ceará. Todos, sob gestão do IDM, ofertam uma importante programação cultural na cidade e colaboram para a ativação do território.

O aniversário do CDMAC também é uma oportunidade para refletirmos sobre os desafios enfrentados pela gestão da cultura em nossa cidade. É necessário um diálogo maduro sobre papéis e responsabilidades, além de um conjunto de ações concretas para enfrentar questões como iluminação, limpeza pública, pessoas em situação de vulnerabilidade social, coleta de resíduos, ocupação e ordenamento territorial, ações diretamente relacionadas à atuação da Prefeitura, que já está dialogando conosco. Neste sentido, o Estado coordena o programa Iracema Território Vivo, articulando parceiros em três eixos: prevenção social, desenvolvimento urbano e a segurança cidadã. A sociedade precisa também estar unida nessa articulação para participar da solução dos problemas postos. Neste aniversário, o Centro Dragão do Mar merece mais do que nunca um abraço coletivo, um novo olhar e uma ação conjunta,  assertiva e imediata.

Presidenta do Instituto Dragão do Mar (IDM)

rachel.gadelha@idm.org.br