Abertura da Semana Estadual de Proteção aos Manguezais ressalta a importância do ecossistema para a vida

O evento ocorreu no Complexo Ambiental e Gastronômico da Sabiaguaba, equipamento no entorno da foz do Rio Cocó, em área de mangue, apontado como fundamental para a preservação da área

O Complexo Ambiental e Gastronômico da Sabiaguaba recebeu na tarde desta quarta-feira, 26.07, o evento de abertura da Semana Estadual de Proteção aos Manguezais, que ocorrerá até 05 de agosto, em diversos equipamentos públicos, áreas do ecossistema e escolas. A programação foi criada pela Lei Estadual nº 16.996, de 25 de setembro de 2019, de coautoria do então deputado Estadual Acrísio Sena, de organizações do Terceiro Setor, como Ecomuseu Natural do Mangue e Aquófilos, e de moradores da Sabiaguaba. O objetivo é promover sobretudo a sensibilização, conscientização e educação ambiental a respeito da importância desse bioma.

Dois homens e quatro mulheres, com roupas de cores variadas,  sentam-se em cadeiras de madeira marrom, dispostas em fila, uma ao lado da outra
Da esquerda para a direita, o grupo que compôs a solenidade de abertura: Isabel Fernandes, gestora do Complexo Ambiental e Gastronômico da Sabiaguaba, Giovanna Rodrigues, coordenadora de Biodiversidade da SEMA, Fernando Bezerra, secretário adjunto da SEMA, Acrísio Sena, ex-deputado estadual, cocriador da Lei Estadual nº 16.996,, Sandra Beltran-Pedreros, doutora em Biologia Marinha, professora e diretora da Aquófilos, Maria Luisa Sousa, presidente da Associação dos Empresários Permissionários do Polo Gastronômico da Sabiaguaba e da Associação dos Nativos, Moradores e Amigos da Sabiaguaba

“Essa legislação virou referência para o Brasil, uma semana de conscientização sobre a proteção aos manguezais, demarcada em torno do dia 26 de Julho, Dia Mundial de Proteção ao Mangue. Mas o mais importante é que, antes dessa experiência, esse equipamento, o Complexo Ambiental e Gastronômico da Sabiaguaba, veio ao encontro dessas expectativas, a preservação desse espaço estratégico, para ser também um território de defesa, juntamente com os nativos dessa região. Sem essa região, os impactos ambientais seriam muito, mas muito prejudiciais, a todo o estado”, ressaltou Acrísio Sena, presidente do Instituto Centro de Ensino Tecnológico (Instituto Centec) e ex-deputado estadual. Acrísio ressaltou ainda a importância de outros agentes sociais para criar, aprovar e transformar a Lei em ações concretas, como a Secretaria do Meio Ambiente e Mudança do Clima (SEMA), à qual o equipamento está vinculado, Maria Luisa Sousa, presidente da Associação dos Empresários Permissionários do Polo Gastronômico da Sabiaguaba e da Associação dos Nativos, Moradores e Amigos da Sabiaguaba, e o Instituto Dragão do Mar (IDM), Organização Social que gere o equipamento.

A programação deste ano, que você pode acompanhar aqui, está focada em promover intercâmbios entre os povos nativos do entorno das áreas de mangue, exibição de filmes mediados pela professora e diretora da Organização Não Governamental, Sandra Beltran-Pedreros e limpezas por voluntários desses importantes ecossistemas, entre outras ações que promovem sensibilização e educação ambiental. 

Fernando Bezerra, secretário executivo da SEMA, assinalou que a maior parte dos biomas de mangue, no Ceará, se localizam onde ocorrem encontros entre o mar e o rio que, geralmente, têm grande beleza cênica, além do forte apelo ambiental. “Isto nos dá uma excelente porta de entrada para trabalharmos o turismo ecológico nestes espaços, como já ocorre aqui em pequena escala, levando o desenvolvimento sustentável com foco na preservação e geração de renda para as famílias locais”. 

Isabel Fernandes, gestora do Complexo Ambiental e Gastronômico da Sabiaguaba, destacou a responsabilidade que o equipamento tem de promover o uso sustentável do mangue e do Rio Cocó. “Esse objetivo está no cerne das ações dos três polos que compõem o nosso equipamento: Cultura e Memória, Natureza e Educação Ambiental e Gastronomia Tradicional”, disse ela. 

Sandra Beltran-Pedreros, doutora em Biologia Marinha, professora e diretora da Aquófilos, organização da Sociedade Civil, participou do evento como representante de todos os parceiros que tornaram possível a realização da Semana Estadual de Proteção aos Manguezais. Ela lembrou a importância das ações das quais muitos participam, tanto instituições quanto a população. “Isso é fundamental para a conservação dos manguezais que, além de toda a importância como berço da vida, é fundamental para o sequestro de carbono na atmosfera sendo, portanto, importantíssimo na regulação do clima”. 

A Semana Estadual de Proteção aos Manguezais é uma realização da Secretaria do Meio Ambiente e Mudança do Clima do Ceará (SEMA), com apoio do Complexo Ambiental e Gastronômico da Sabiaguaba, do Instituto Dragão do Mar (IDM), do Ecomuseu Natural do Mangue e da Rede Cuca.